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Pastor acusado de homofobia vai processar Xuxa

Deputado foi chamado de "monstro" por apresentadora

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Alvo de protestos em várias cidades do Brasil no fim de semana, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) desabafou no Twitter. E sobrou até para a apresentadora Xuxa, da Globo, que criticou o deputado eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados na última quinta-feira - ele é acusado de homofobia e racismo por defensores dos direitos de homossexuais e negros.

"E sobre o que disse Xuxa, minha assessoria jurídica prepara o processo. Durmam em paz." Na última sexta-feira (08), Xuxa criticou o deputado. "Meu Deus!!! Eu tava lendo agora sobre esse ‘pastor'... que Deus nos ajude. Gente! Socorro! Vamos fazer alguma coisa! Esse deputado disse que negros, aidéticos e homosexuais não têm alma. Existem crianças com aids. Para este senhor elas não têm alma? O que é isso meu povo?", postou a Rainha dos Baixinhos em seu Facebook, que seguiu:

"Todo mundo sabe o quanto eu respeito todas as religiões, mas esse homem não é um religioso, é um monstro. Em nome de Deus, ele não pode ter poder."

Segundo a apresentadora, o pastor "não pode ser presidente da comissão de direitos humanos. Ele não pode ter este espaço para usar, pisar e denegrir o ser humano".

No Twitter, Marco Feliciano afirmou estar sofrendo ameaças: "Hoje eu vi a intolerância encarnada. Minhas filhas pequenas de 10 e 11 anos chorando e se agarrando a mim dizendo vão nos machucar papai?"

O deputado seguiu: "Chutes e cuspes no meu carro. Palavrões e gestos obscenos ferindo a integridade de minhas crianças que estavam no carro comigo. Depedraram patrimônio dos membros da igreja e mal consegui pregar, aos berros atrapalharam o culto, e amedrontaram todos os presentes."

O pastor disse ter feito um boletim de ocorrência sobre os ataques: "Tomarei as devidas providências. Eu sempre denunciei e agora aí esta a confirmação. Perseguição Religiosa!", escreveu.

Segundo Marco Feliciano, "o que está em jogo aqui não sou mais eu nem meu partido, mas sim a liberdade de expressão, liberdade de pensamento e liberdade de culto".

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, "prometeram fazer isso em todos os cultos até eu renunciar a Presidencia da Comissão de Direitos Humanos. Mas não o farei! Já estou com um dossiê pra entregar à Polícia Federal com dezenas de páginas impressas com ameaças de morte. Me ajudem em oração!".