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MP vai denunciar crimes em UTI de hospital de Curitiba

Crimes teriam sido comandados pela médica Virgína Soares de Souza, que está presa

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Curitiba - A Promotoria de Justiça de Proteção à Saúde Pública de Curitiba, órgão do Ministério Público (MP) do Paraná, informou que entrará com denúncia nesta segunda-feira pelos crimes ocorridos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) geral do Hospital Evangélico de Curitiba. Segundo a promotoria, a denúncia envolve crimes (antecipação de óbitos) ocorridos entre janeiro de 2006 e fevereiro de 2013, período em que a UTI foi comandada pela médica Virgína Soares de Souza, presa no dia 19 de fevereiro pelo Núcleo de Repressão a Crimes contra a Saúde, da Polícia Civil do Paraná.

Ela foi denunciada por homicídio qualificado e formação de quadrilha. Além de Virgínia, outros quatro médicos e uma enfermeira foram indiciados pela Polícia Civil, que entregou o inquérito na última semana ao MP. Nesta segunda-feira, vencia o prazo legal para o oferecimento da denúncia, que foi confirmada pela promotoria em nota distribuída nesta manhã.

Ontem, o programa Fantástico, da Rede Globo, veiculou uma entrevista com a médica, que defendeu-se afirmando que nunca foi "negligente, nunca fui imprudente, nunca tive uma infração ética registrada, uma queixa, e exerci a medicina de forma consciente e correta". Durante a entrevista, a ex-chefe da UTI argumentou que as testemunhas que depuseram contra ela "não sabem do que estão falando porque não são médicas". Ela também afirmou que algumas das testemunhas foram demitidas e que quiseram se vingar.