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Acusação espera confissão de Bruno, mas defesa desconversa

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O goleiro Bruno Fernandes deve depor ainda nesta terça-feira, no segundo dia de seu julgamento pelo sequestro e homicídio de Eliza Samudio, no Fórum de Contagem (MG). A expectativa é que o goleiro confesse algo relacionado ao desaparecimento da modelo, ex-amante dele. Os advogados de defesa e a noiva de Bruno, Ingrid dos Santos, negaram a confecção de um acordo para a confissão e a consequente redução da pena do réu - porém, a acusação informou que há conversas em curso para que o atleta fale o que sabe.

"Acredito numa confissão. O encaminhamento do processo tem sido nesse sentido, com a dispensa das testemunhas de defesa. Houve uma conversa breve ontem. Não se trata de um acordo, mas de um aconselhamento", afirmou o assistente da acusação, o advogado Cidnei Karpinski. Ele ponderou que, quanto mais detalhes Bruno passar a respeito da morte de Eliza Samudio, a possibilidade de redução de pena aumentará gradualmente.

Karpinski ressaltou que o ex-jogador do Flamengo teria que "assumir responsabilidades" e especificar sua participação e de terceiros no crime. "Ele deve ser ouvido hoje. Será a oportunidade dele. Se ele deixar essa chance passar, ele vai pegar uma pena provável acima de 24 anos de prisão", disse.

A defesa de Bruno desconversou sobre a possibilidade de confissão. O advogado Luiz Adolfo negou que haja qualquer negociação em andamento e desmentiu Karspinski. "Ouvi falar que eu tinha feito proposta. Não tem nada disso. Conversei com ele (Karpinski), mas a única possibilidade que dei a ele foi de ouvi-lo. Mas não houve nenhuma conversa nesse sentido".

A noiva de Bruno, Ingrid Calheiros Oliveira, seguiu a mesma linha e negou que Bruno vá confessar participação no crime. Ela disse estar confiante de que Bruno prove a inocência perante o júri. "Não há possibilidade de ele confessar nada".