São Paulo - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta quarta-feira, em São Paulo, que o partido apoia a intenção do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) de disputar o governo do Rio de Janeiro em 2014 - apesar da tensão que isso causou com o PMDB, principal aliado do governo federal. Na terça-feira, o PMDB divulgou uma nota em repúdio à movimentação petista, e lembrou que o atual vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, será o nome peemedebista na sucessão de Sérgio Cabral.
O texto do PMDB, assinado pelo presidente estadual, Jorge Picciani, aponta que um palanque duplo para a reeleição da presidente Dilma Rousseff é insustentável no Rio, e que a candidatura de Pezão é "inegociável". Entretanto, Falcão afirmou que as duas candidaturas, a de Lindbergh e de Pezão, podem ser necessárias para contrapor o deputado Anthony Garotinho (PR), que também já manifestou intenção de entrar na disputa.
"Acho que o quadro mais provável, inclusive por conta do Garotinho, é nós termos duas candidaturas. (...) Se for possível haver convergência para a unificação é uma possibilidade", afirmou o líder petista, que participou da comemoração do aniversário de 30 anos da criação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na capital paulista.
Falcão destacou que Lindbergh já tem feito, inclusive, "caravanas" por municípios do interior do Rio de Janeiro, e destacou que sua intenção é "para valer". Ele, no entanto, enfatizou que não há atrito com o governador Sérgio Cabral, e disse que caso as duas candidaturas sejam mantidas, vencerá quem se sair "melhor" em um eventual segundo turno.
"Ele vai prosseguir com as caravanas pelo interior fluminense, sem nenhuma hostilidade ao governador Sérgio Cabral", completou.
Na nota divulgada ontem, o diretório do PMDB afirma que todas a lideranças e a militância do partido estão fechados com Pezão, apontado como "um gestor experiente e capaz". O PMDB diz que "não há hipótese" de o atual vice-governador não ser candidato.