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SC: polícia transfere 40 detentos de prisões 'cérebro' de ataques 

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Os 40 detentos transferidos de Santa Catarina na madrugada deste sábado saíram de cinco unidades prisionais do Estado apontadas como "cérebro" da onda de ataques que atingiu 32 cidades. A informação é da secretária da Força Nacional de Segurança, Regina Miki, que está em Santa Catarina acompanhando as ações. Uma "operação de guerra" foi montada para remover os detentos, apontados como líderes da facção criminosa que ordenou a série de atentados no Estado.

Os presos deixaram a penitenciária de São Pedro de Alcântara, o Complexo de Florianópolis, além das unidades de Criciúma, Joinville e Blumenau. Todos foram levados à Base Aérea de Florianópolis, de onde embarcaram às 10h30 para presídios do Rio Grande do Norte e Rondônia.  A facção catarinense é responsável pelos 106 atentados registrados no Estado, com pelo menos 39 ônibus incendiados.

Dezenas de pessoas são presas por envolvimento com a onda de violênciaAlém da operação de transferência, Santa Catarina contou com uma forte ofensiva da Polícia Civil durante a manhã de sábado. Vinte e cinco pessoas foram presas, entre elas cinco advogados. Todos são suspeitos de integrar as facções criminosas responsáveis pelos ataques dos últimos dias no Estado.

Ao todo, foram expedidos 97 mandados de prisão. Policiais cumpriram 70 (45 já estavam detidas por volta das 17h15).

A Polícia Civil divulgou uma lista com as identidades de alguns dos suspeitos detidos pela manhã. Dezesseis deles foram identificados, e outros - presos em outras cidades do interior - seriam ainda levados para Florianópolis. O grupo passou por interrogatório e seria encaminhado para celas em delegacias de polícia da região.

A operação desta madrugada foi realizada também nos municípios de Palhoça e São José (região metropolitana), Blumenau, Gaspar e Indaial (Vale do Itajaí), Criciúma e Tubarão (sul do Estado), Jaraguá do Sul (norte), Balneário Camboriú, Itajaí e Camboriú (litoral norte).

Bruno Miranda: é conhecido como "Bruno da Maloca" e considerado o braço direito dos líderes de facções criminosas que estão presos. Bruno é suspeito de ser o responsável por levar informações de dentro dos presídios da Grande Florianópolis para as pessoas de fora, além de por recrutar jovens para executar os atentados.

Luiz Carlos dos Santos: conhecido como  "Dadá", foi preso na Vila União, em Florianópolis, e é suspeito de integrar uma facção criminosa.

Simone Gonçalves Vissoto: é advogada, foi presa na praia do Campeche, em Florianópolis, e é suspeita de ser mensageira dos presos.

Gustavo Gasparino Becker e Francine Bruggemann: ambos são advogados e foram presos em São José, suspeitos de levar informações de dentro das cadeias para as ruas. Com eles, foram apreendidos computadores e cartas de presos integrantes de facções criminosas.

André Luiz dos Santos Moura: conhecido como "Deco", foi preso na casa onde morava, na Vila União, no norte da ilha.

Graziele Borges Nunes: foi presa no bairro Vargem do Bom Jesus, no norte da ilha de Florianópolis.

Gisele Rodrigues Lima: foi presa no bairro Agronômica, em Florianópolis.

Cleusa Machado Saturnino e Cibele Saturnino: são mãe e filha, respectivamente. São suspeitas de colher informações e repassar a presos em São Pedro de Alcântara.

Dhionatan Goulart Madruga: foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. Ele estava com uma pistola 9 mm e munição calibre .40 no bairro Vargem Pequena, norte da ilha.

Sérgio Augusto Mendonça: conhecido como Cecéu, foi preso em Tubarão. Fora da cadeia, Sérgio era responsável por recrutar jovens para executar os atentados.

Jaime Fortunato, Valdori Valmir Silveira e um jovem de 17 anos: foram detidos na Grande Florianópolis por porte ilegal de armas.

Jonatan Deivo Gonçalves: foi preso em Gaspar, no Vale do Itajaí. Ele é suspeito de ser a principal ligação entre as facções criminosas e os autores dos atentados registrados na região. Com Jonatan, foi presa também Lucélia Laguna, conhecida como Néia. Ela é suspeita de envolvimento com o crime.

Joni José Olímpio Figueira: conhecido com "Jonizinho", foi preso em Blumenau.