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Incêndio em Santa Maria: Alexandre Padilha fala das ações imediatas do Governo 

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, foi designado pela presidente da República, Dilma Rouseff, para comunicar e cuidar das ações do governo em meio à tragédia ocorrida nesta madrugada, em Santa Maria (RS), quando um incêndio matou cerca de 230 pessoas. 

O ministro informou que há duas prioridades ao longo do dia: salvar vidas e aliviar o sofrimento dos familiares com suporte médico e psicológico. Alexandre Padilha disse ainda que existe um terceiro ponto importante, que também é prioritário: ter centros de pronto-atendimento às pessoas que estavam no local do incêndio e que possam sentir os sintomas de intoxicação, como tosse e falta de ar nos próximos dias. 

“Em situações como esta, é muito comum vítimas que inalaram gás e fumaça não terem sintomas, mas que podem modificar nos próximos dias. Dois, três, quatro dias depois, podem ter tosse e sentir falta de ar. Por isso, foi montado a partir deste domingo dois prontos-atendimentos, onde as pessoas serão atendidas caso fiquem com quadro de tosse e falta de ar”.

Ainda de acordo com o ministro, 92 pacientes vitimados pelo incêndio estão internados nos hospitais de Santa Maria, onde a maior parte deles está com quadro de intoxicação, devido à inalação das toxinas da fumaça, e a minoria de grandes queimados. Segundo ele, “14 pacientes foram transferidos para Porto Alegre, porque precisavam de um suporte maior, por terem característica de grandes queimados”.

“Ainda cedo, foi disponibilizado, caso precisássemos outros centros especializados em queimaduras no Rio de Janeiro, por exemplo, como hospital do Andaraí e do galeão, entre outros. Como estivemos nos hospitais de Santa Maria, avaliamos que a maioria dos pacientes não tem grandes queimados, mas se houver necessidade, vamos utilizar esse recurso”, afirmou o ministro.

Cerca de 50 leitos de UTIs de Porto Alegre estão separados para as vítimas do incêndio, se houver necessidade. Ainda conforme contou Alexandre Padilha, aproximadamente 30 pacientes respiram por aparelhos em Santa Maria e podem ser transferidos.

“Foram deslocados ambulâncias e UTIs do SAMU, respiradores, mais 30 ventiladores mecânicos para dar suporte aos hospitais de Santa Maria e Porto Alegre ou ficar como retaguarda para o que precisar”, explicou. Além de toda a equipe da força nacional do SUS, a força aérea brasileira também deslocou 12 médicos, com total preparo para situações de incêndio, que ficam até terça-feira (29), pelo menos, para dar suporte, como informou o político. 

“Médicos, enfermeiros e psicólogos reforçaram as equipes nos hospitais, nessa situação inesperada para prestar atendimento. Nós agradecemos aos conselhos federais de Medicina e de Psicologia por isso”, agradeceu.

“Nosso objetivo agora é salvar vidas. A gente quer prestar solidariedade aos familiares e amigos. É muito triste quando acontece uma tragédia como essa. A presidente Dilma determinou que o governo federal dê todo o apoio necessário para salvar vidas e amenizar os efeitos da tragédia”, finalizou.