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Assassinatos de homossexuais aumentam 27% em 2012, diz Grupo Gay da Bahia

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O Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou nesta sexta-feira um relatório anual de assassinatos de homossexuais (LGBT), relativo a 2012, e apontou que foram documentados 338 homicídios de gays, travestis e lésbicas no Brasil, incluindo duas transexuais brasileiras mortas na Itália. Isso significa, segundo a entidade, um assassinato a cada 26 horas - aumento de 27% em relação ao ano passado (266 mortes) e crescimento de 177% nos últimos sete anos.

Os gays são as principais vítimas: 188 (56%), seguidos de 128 travestis (37%), 19 lésbicas (5%) e 2 bissexuais (1%). Conforme o GGB, o Brasil confirma a posição de primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo o mundo. Nos Estados Unidos, foram registrados 15 assassinatos de travestis em 2011, enquanto no Brasil, foram 128 trans.

Apesar de São Paulo ser o Estado onde mais LGBT foram assassinados - 45 vítimas -, Alagoas, com 18 homicídios, é o Estado mais perigoso para homossexuais em termos relativos, com um índice de 5,6 assassinatos por cada milhão de habitantes, sendo que para toda a população brasileira, o índice é 1,7 vítimas, afirmou o GGB. 

A Paraíba ocupa o segundo lugar, com 19 assassinatos e 4,9 crimes por milhão, seguido do Piauí, com 15 mortes. Os Estados onde registraram-se menos homicídios foram o Acre, com nenhuma morte nos dois últimos anos, e Minas Gerais.