Com o plenário da Câmara Municipal lotado, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad (PT), tomou posse como prefeito de São Paulo, na tarde desta terça-feira (1º). Pouco antes foram empossados 52 dos 55 vereadores eleitos em outubro, assim como a vice-prefeita Nádia Campeão.
Na Câmara, Haddad prestou um juramento e assinou o termo de compromisso de posse. Em breve discurso, falou sobre o respeito que tem pelos membros do Legislativo.
"Quero saudar os vereadores que foram empossados nesta legislatura e, antes de mais nada, dizer do meu respeito ao Legislativo Municipal. Sou daqueles que entende que o Legislativo não é um obstáculo à vontade imperial do chefe do Executivo. Muito pelo contrário: é aquele Poder representativo da vontade popular e que legisla em nome de toda a população", disse o prefeito.
"Nós queremos manter com esta Casa o mais alto padrão de relacionamento e não falo apenas e exclusivamente com relação aos vereadores que vão compor a base do governo, mas a cada um e cada uma aqui representados", acrescentou Haddad.
O novo prefeito governará com uma ampla maioria no Legislativo. Além dos 11 vereadores do seu partido, o PT, contará com o apoio de outros 29 da base aliada, totalizando 40 votos a seu favor do total de 55.
No discurso na Câmara, prometeu colocar a cidade de São Paulo "no padrão de desenvolvimento à altura de sua história".
"Essa é uma terra de empreendedores. Nós devemos, Legislativo e Executivo, de mãos dadas, empreender pelo futuro de São Paulo", disse.
Por conta de problemas de saúde, o vereador mais velho, Toninho Paiva, não esteve na sessão de posse - ele terá 15 dias para assumir seu cargo. Com isto, a cerimônia foi presidida pelo segundo vereador mais velho, Gilson Barreto.
Transmissão do cargo
Às 16h, Haddad foi recebidos na sede da prefeitura, o Palácio do Anhangabaú, no centro, onde recebeu de Gilberto Kassab (PSD) o cargo de prefeito. Kassab deixa a prefeitura depois de seis anos, quatro dos quais como vice-prefeito de José Serra. Cerca de 1.500 pessoas foram convidadas para a cerimônia, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado o principal padrinho político do novo prefeito, que não apareceu nem justificou a ausência. Mas o governador Geraldo Alckmin prestigiou a cerimônia.
Com informações do portal Terra e da Agência Brasil