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IBGE: sobe nº de casamentos, que ocorrem cada vez mais tarde

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Os brasileiros estão se casando mais e cada vez mais velhos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta segunda-feira. A taxa de nupcialidade legal de 2011 verificou que houve sete casamentos para cada grupo de 1 mil habitantes de 15 anos ou mais de idade. No ano anterior, a taxa havia sido de 6,7 matrimônios. O registro do ano passado atingiu o nível mais alto desde 2001, quando houve 5,8 casamentos a cada 1 mil habitantes.

Segundo o IBGE, essa evolução observada nos últimos anos acontece devido às transformações dos arranjos conjugais, que vêm impulsionando os recasamentos, além das melhorias no acesso aos serviços de Justiça, ofertas de festas coletivas e facilidades para a concessão do divórcio, que possibilitam novas uniões.

Os números estão nas "Estatísticas do Registro Civil 2011" e mostram que houve 1,026 milhão de casamentos em 2011, alta de 5% frente ao que fora registrado no ano anterior. Rondônia foi o Estado brasileiro com a maior proporção de casamentos. Foram 10 uniões oficializadas a cada 1 mil habitantes, seguido pelo Distrito Federal (9), Espírito Santo e Goiás (8,6) e São Paulo (8,1).

A pesquisa do IBGE indica que os brasileiros estão se casando cada vez mais tarde. A idade média dos homens solteiros na data do casamento foi de 26 anos, três anos a mais do que fora observado em 2001. Já as mulheres tinham, em média, 28 anos, dois anos a mais do que dez anos antes.

Em Alagoas e Rondônia, os homens tinham idade média de 24 anos quando se casaram, a média mais baixa entre os Estados. O Amapá foi o local onde os homens mais demoraram para firmar a união civil legal. Os representantes do sexo masculino tinham, naquele Estado, 28 anos em média no dia do casamento.

Entre as mulheres, a idade média ao casar foi de 30 anos no Pará e no Amapá. Já em Rondônia, Paraíba, Alagoas, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Goiás, as mulheres tinham 27 anos em média.

"As oportunidade de trabalho e educação, assim como a opção cada vez mais comum de convívio em união consensual, são fatores que influenciam no adiamento da formalização das uniões e, consequentemente, na elevação da idade de solteiros na data de casamento", informa o documento no qual consta o levantamento do IBGE.

As Estatísticas do Registro Civil revelam que vem aumentando a proporção de recasamentos. Em 2011, eles representavam 20,3% do total das uniões formalizadas. Em 2006, essa proporção era de 14,6%, e em 2001, não passava de 12,3%.

Os casamentos entre homens divorciados e mulheres solteiras corresponderam a 8,7% do total. Já as uniões entre mulheres divorciadas e homens solteiros representaram 4,9% do total de casamentos registrados em 2011.

Os casamentos entre cônjuges solteiros representaram 79,7% do total, mas vêm caindo cada vez mais. Em 2001, significavam 87,7% do total, e em 2006, a proporção era de 85,1%.