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IBGE: mortalidade infantil é maior na primeira semana de vida

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O País registrou 31.891 mortes de crianças com menos de 1 ano de idade em 2011, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desse total, 51,8% morreram antes de completarem uma semana de vida. Já os óbitos de crianças com 7 a 27 dias de idade representaram 16,5% desse total. As mortes classificadas na categoria pós-neonatal, ou seja, de crianças nascidas nos 28 a 364 dias de vida, significaram 31,7% do total. Os dados fazem parte das "Estatísticas do Registro Civil 2011", divulgada nesta segunda-feira.

Segundo o levantamento, a tendência é que as mortes de crianças com menos de 1 ano se concentrem no primeiro mês de vida, à medida em que o País avance em questões estruturais como saneamento e acesso à saúde. "Em países com maior desenvolvimento socioeconômico e com acesso mais igualitário dos serviços de saúde, a mortalidade infantil está concentrada em 90% na faixa etária dos zero a 6 dias de idade", afirma o estudo do IBGE.

Entre crianças de 1 a 4 anos de idade, o instituto observou 6.132 mortes, das quais 55,6% ocorreram com meninos. Na faixa de 5 a 9 anos de vida, foram identificados 3.918 óbitos, 57% deles em meninos.

O IBGE informou ainda que se estima que 6,2% das mortes ao longo de 2011 não tenham sido registradas. Na comparação com anos anteriores, verifica-se que há tendência de queda dos chamados sub-registros de óbitos. Em 2001, calculava-se que 16,3% das mortes não eram registradas. Em 2006, essa proporção caiu para 11,8%.

O sub-registro é a diferença entre a estimativa do número de óbitos, feita pelo IBGE com base no acompanhamento demográfico, e o número de mortes efetivamente registradas.

Nas regiões Norte e Nordeste, as mortes não registradas representaram 20,6% do total. Em 2001, o Nordeste chegava a apresentar 38,7% de sub-registros de óbitos. No Norte, essa proporção era de 30%.

No Maranhão, por exemplo, estima-se que 44,3% das mortes não tenham sido oficialmente apontadas. Em Roraima, essa perspectiva é de 40,1%. Cálculos proporcionalmente elevados também foram feitos no Amapá (30,6%) e em Alagoas (27,6%).