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Seis PMs suspeitos de matar jovem já estão em presídio militar de SP

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Os seis policiais militares suspeitos de matar um jovem e de atirar em outro, na Zona Norte de São Paulo, já estão no Presídio Militar Romão Gomes. Os agentes disseram que os rapazes reagiram e, por isso, atiraram. A ação provocou a revolta da população, que colocou fogo em dois ônibus. Duas pessoas não conseguiram sair de dentro de um deles e morreram queimadas. Sete suspeitos de incendiar os dois ônibus foram presas.

Segundo o coronel Audi Felix, os policiais foram detidos após testemunhas da abordagem terem relatado versões diferentes das contadas por eles. De acordo com o coronel Félix, duas equipes participaram da ação: a primeira abordou os dois sujeitos  e fez disparos que ocasionaram a morte do rapaz. A outra só chegou ao local depois.  

A iniciativa violenta da polícia teria causado revolta entre os moradores da região, o que pode ter levado ao incêndio de um ônibus na região do Parque Edu Chaves. A PM afirma que pessoas queimaram o primeiro veículo, matando dois passageiros que não puderam descer. Na manhã do domingo, por volta das 11h, outro ônibus foi incendiado. 

No início da noite, sete suspeitos de participar dos ataques aos ônibus foram presos, segundo o Delegado da Seccional Norte, Cosmo Filho. Alguns sofreram queimaduras e foram levados a hospitais da região norte da capital. Os veículos foram incendiados em represália à morte de um jovem no bairro Vila Medeiro, na madrugada deste domingo.

O delegado-geral da Polícia Civil, Maricio Blazek, disse que o rapaz foi baleado junto a outro jovem após terem resistido à abordagem policial. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o outro rapaz foi operado e permanece internado na UTI do Hospital São Luiz Gonzaga, em estado estável, sob escolta policial.