O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa,interrompeu a sessão plenária de julgamento da ação penal do mensalão,na tarde desta quinta-feira, para comparecer ao velório de Oscar Niemeyer, no Palácio do Planalto, acompanhado do ministro Gilmar Mendes.
Em nota de pesar, o ministro-presidente ressaltou “a defesa dos ideários de liberdade e a busca incansável pela dignidade da gente brasileira” que nortearam a vida do arquiteto.
Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares, seu nome completo, era neto,por parte de mãe, de Antônio Augusto Ribeiro de Almeida, ministro do Supremo Tribunal Federal de 1896 a 1913, e nome de uma rua no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro, onde morou a família.
No seu site oficial na internet, Niemeyer relembra suas origens –Ribeiro e Soares, portugueses; Almeida, árabe; e Niemeyer, alemão – e fala da “casa das Laranjeiras”, onde nasceu, cresceu e passou boaparte da vida adulta. “Era uma casa assobradada, com seis janelas na fachada, tendo no frontispício as iniciais RA, do meu avô Ribeiro de Almeida”, escreveu.
O ministro Ribeiro de Almeida nasceu em 1838, em Maricá (RJ). Foi juizde Direito e desembargador da Relação da Corte e, já no período republicano, juiz da Corte de Apelação e ministro do STF, onde ocupou a cadeira 8, em vaga aberta com o falecimento de Americo Braziliense de Almeida Mello. A vaga foi extinta em 1969, pelo Ato Institucional nº 6. O avô de Niemeyer faleceu em 1919, no Rio de Janeiro. Seu neto,à época, tinha 12 anos.