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Atirador que feriu três em SP não saía de casa e dizia ter chips pelo corpo

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O advogado da família e um amigo de Fernando Gouvêa, 33 anos, que atirou em três pessoas nesta quinta-feira no bairro da Aclimação em São Paulo, definiram o administrador como uma pessoa com transtornos mentais aprisionada por uma psicóloga. Segundo o advogado José Conciolito, havia dois meses que Gouvêa não saía de casa. "Ele vivia trancado pela psicóloga Sílvia (Gondim), com quem ele tinha uma relação de amizade", afirmou. 

"Ela o convenceu de que ele precisava trabalhar para ela e que ele precisava garantir a segurança dos dois", disse o advogado. 

Nas últimas vezes em que teve contato com a mãe, Gouvêa disse que "seres" teriam introduzido "chips" nele e que em breve iriam buscá-los. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

"O Fernando era manipulado pela Sílvia. Perdeu contato com todo mundo", afirmou comerciante Autran Oliveira, 27 anos, amigo dele. O que mais surpreendeu a família de Gouvêa foi quando ele passou a afirmar que não passaria dos 33 anos de idade. Foi quando, conforme o advogado, a mãe dele pediu a interdição judicial. Na casa onde Gouvêa estava nos últimos dois meses, havia quatro câmeras de monitoramento. 

Vizinhos disseram que era comum o casal ser visto na janela apontando lanternas para a rua. Havia ainda no imóvel um arsenal: uma pistola, um revólver com mira telescópica, uma espingarda calibre 12, espadas, facas, arco com flecha, carregadores e munição. Ele será indiciado por quatro tentativas de homicídio - as três pessoas que atingiu mais os tiros contra a PM. O jornal não teve acesso à psicóloga ou à família dela para comentarem o assunto.