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Mensalão: STF começa a julgar réus do PT por lavagem de dinheiro

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Com o voto do ministro-relator, Joaquim Barbosa, o plenário do Supremo Tribunal Federal começou a julgar, no início da noite desta quarta-feira, os seis réus da ação penal do mensalão que respondem por crimes de lavagem de dinheiro, no chamado núcleo do PT (item 7 do processo): os ex-deputados federais Paulo Rocha (PA), que era líder do partido na Câmara, João Magno (MG) e Professor Luizinho (SP); o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto, atual prefeito de Uberaba; José Luiz Naves, que era chefe de gabinete de Adauto; e Anita Leocádia, assessora de Paulo Rocha.

O relator antecipou a absolvição da assessora de Paulo Rocha, por entender não ter ficado provado que ela tivesse conhecimento da origem ilícita do dinheiro. Mas adiantou que vai condenar João Magno, ao dar ênfase a provas constantes dos autos de que o ex-parlamentar R$ 360 mil de Marcos Valério, por intermédio de seus assessores Paulo Vieira Albrigo e Charles Antonio Ribeiro, que confirmaram o repasse ao réu desse total em parcelas de R$ 50 mil e uma parcela de R$ 10 mil, entre dezembro de 2003 e setembro de 2004.

Neste item da ação penal, os réus são acusados de se beneficiaram de “valores havidos do esquema ilícito”, a maioria utilizando o método de enviar emissários ao Banco Rural para o recebimento do dinheiro. O principal acusado é Paulo Rocha que teria se valido da intermediação de Anita Leocádia e de Charles Santos Dias (que não foi incluído na ação), para receber a quantia de R$ 820 mil.

Em relação ao ex-deputado federal Professor Luizinho, o procurador-geral da República sustentou na denúncia recebida pelo STF que ele recebeu do esquema de Marcos Valério, por intermédio do seu assessor José Nilson dos Santos, a quantia de R$ 20 mil.