ASSINE
search button

Mensalão: ex-advogado de Dirceu, Dias Toffoli abre sessão desta terça

Compartilhar

José Dirceu está a três votos de ser considerado culpado por corrupção ativa no caso do mensalão, que está sendo julgado desde o início de agosto no Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta terça-feira, o Supremo retoma o julgamento da ação penal com o voto do ministro Dias Toffoli, que já foi advogado do ex-ministro da Casa Civil.

Nas primeiras sessões, chegou-se a cogitar a possibilidade de o ministro se declarar impedido de votar por, além de ter sido defensor de Dirceu, ter executado as funções de assessor jurídico da Casa Civil quando o petista era ministro.

As ligações entre Toffoli e o PT não param por aí: ele também foi advogado-geral da União no governo Lula e a namorada dele, Roberta Rangel, já defendeu outro réu no processo, o ex-deputado Professor Luizinho (PT). Apesar de questionado, Toffoli resolveu participar do julgamento do mensalão e não encontrou resistência dos colegas ministros. Até agora, o único réu petista julgado foi o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), absolvido por Toffoli e Lewandowski de quatro crimes.

Pela ordem de antiguidade na Corte, depois de Dias Toffoli, votam Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Ayres Britto. Com a aposentadoria do ministro César Peluso, no início de setembro, o Supremo conta com dez integrantes, o que pode gerar empate nas votações. Isso já aconteceu nesse julgamento, no caso do crime de lavagem de dinheiro imputado ao ex-deputado José Borba, que recebeu cinco votos pela condenação e cinco pela absolvição. Os ministros ainda não decidiram como resolver esses casos.

Assim como José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino também está a três votos de ter maioria pela condenação por corrupção ativa. Ambos foram condenados por Joaquim Barbosa, Rosa Weber e Luiz Fux e absolvidos pro Ricardo Lewandowski. Já para o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares faltam apenas dois votos para a maioria, visto que ele foi condenado por todos os ministros que votaram até agora.