ASSINE
search button

Forças Armadas deflagram operação na fronteira com Bolívia e Peru

Compartilhar

O Ministério da Defesa deu início, na manhã desta terça-feira, a uma nova operação militar de combate a crimes fronteiriços. Um efetivo de 7,5 mil militares – equipados com aviões de caça, helicópteros de combate, navios-patrulha e veículos blindados – foi enviado para patrulhar 4.216 quilômetros de fronteiras na divisa com a Bolívia e o Peru. A "Operação Ágata 6" é coordenada pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA) e deve durar duas semanas.

Segundo o EMCFA, tropas militares estarão presentes em quatro estados: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre. O trecho estende-se do município de Corumbá (MS) a Mâncio Lima (AC). Antes de deflagrar a ação, o governo brasileiro, por meio dos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, informou aos governos boliviano e peruano acerca da mobilização na região. 

“Convidamos os países vizinhos, inclusive, a enviar observadores”, destacou o ministro da Defesa, Celso Amorim, que defende maior cooperação sul-americana na área de defesa. Amorim afirmou que a sexta edição da Ágata conclui as macro ações de segurança das fronteiras para 2012. “Devemos executar, em 2013, outras três novas mobilizações, cujo objetivo é levar a presença do Estado brasileiro à região fronteiriça”, explicou o ministro da Defesa.

Para dar conta da extensa área coberta, a Ágata 6 mobiliza significativo aparato militar. Ao todo, estão sendo empregados cerca de quatro caças F-5, seis A-29, dez helicópteros, dois veículos aéreos não tripulados (vants), 14 lanchas da Marinha, 40 embarcações do Exército, sete navios-patrulha, dois navios-hospitais, além de tanques e carros brindados.

Aproximadamente 7,5 mil homens dos comandos militares do Oeste, em Campo Grande, e da Amazônia, em Manaus, integram a linha de frente da operação. O aparato logístico, que dá apoio a esse efetivo, emprega outros 10 mil homens em atividades como transporte, saúde e alimentação. Parte dos militares dedica-se também à realização de atividades cívico-sociais, em apoio a comunidades carentes.

A Ágata 6 terá ainda o reforço de dez ministérios e 20 agências governamentais – entre as quais a Polícia Federal, a Receita Federal, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o Ibama, o ICMBio (Instituto Chico Mendes), a Funai, a DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) e a ANP (Agência Nacional do Petróleo) – que elevarão o efetivo total para cerca de oito mil profissionais.

Setores de segurança pública estaduais e municipais, como polícias militares e civis e guardas municipais, também foram mobilizados para atuar na operação.