ASSINE
search button

Solto há um mês, Cabo Bruno é assassinado no interior de SP 

Compartilhar

O ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, conhecido como Cabo Bruno, foi assassinado no fim da noite desta quarta-feira, em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, pouco mais de um mês depois de deixar a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, no município vizinho de Tremembé, após cumprir 27 anos de prisão.

De acordo com a Polícia Civil, Oliveira voltava de um culto religioso com a família, por volta das 23h50, e já estava próximo da residência onde vive quando foi abordado por dois homens. Ele desceu do carro e sofreu cerca de vinte disparos, a maioria no rosto e no abdômen, morrendo já no local. Os parentes, que ficaram dentro do veículo, ficaram ilesos e nada foi roubado.

A equipe do 1º Distrito Policial de Pindamonhangaba, onde o caso foi registrado, acredita em execução. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) da cidade. Ainda não há pista sobre o paradeiro dos assassinos.

Esquadrão da morte nos anos 80

Acusado de chefiar um esquadrão da morte na polícia, Cabo Bruno foi condenado a 113 anos de prisão por matar mais de 50 pessoas, na zona sul de São Paulo, na década de 80. 

Veja reportagens do Jornal do Brasil da época:

>> Leia: PM paulista prende "Cabo Bruno" em cidade do Pará

>> Leia: "Cabo Bruno" é preso de novo em São Paulo

>> Leia: Cabo Bruno foge mais uma vez

Ele foi preso pela primeira vez em 1983. Em sete anos, o ex-policial fugiu três vezes do presídio militar Romão Gomes - uma delas depois de fazer funcionários reféns. Em maio de 1991, foi recapturado e encaminhado à penitenciária Dr. José Augusto Salgado, em Tremembé (SP).

A Justiça já havia permitido, em 2009, que Cabo Bruno cumprisse o restante da pena em regime semiaberto. A decisão, na época, levou em conta parecer do Ministério Público baseado em exames psicossociais e comportamentais, que favoreceram a deliberação dos promotores.

No último dia 23 de agosto, a juíza Marise de Almeida, da 2ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, concedeu indulto pleno ao ex-policial, além de declarar extintas as penas contra ele. A decisão foi tomada com base na "boa conduta carcerária" do preso.