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Correios: uma em cada quatro encomendas pode atrasar com greve 

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No segundo dia de paralisação dos servidores dos Correios, a empresa confirmou que uma de cada quatro encomendas pode sofrer atraso de até um dia na entrega em razão da greve. Para evitar maiores transtornos à população, funcionários das áreas administrativas foram realocados, serão feitas horas extras e mutirões aos finais de semana, além da contratação de trabalhadores temporários.

De acordo com os Correios, dos 120 mil funcionários, 10.438 haviam aderido à paralisação até esta quinta-feira, o que corresponde a 9% do total. A aferição de presença é feita por meio de sistema eletrônico de ponto. Já o comando de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) estima uma adesão média de 60% nos estados que deflagraram o movimento.

Todos os serviços de entrega estão disponíveis, com exceção dos que têm "hora marcada" (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje e o Disque-Coleta) - destinados à cidade de São Paulo e região metropolitana e aos estados de Tocantins, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e o Distrito Federal. No Rio de Janeiro, estão suspensos apenas a entrega de Sedex Hoje e o Disque-Coleta.

"Os Correios estão empenhando todos os esforços para garantir o atendimento à população brasileira e, antecipadamente, pedem desculpas pelos eventuais transtornos que possam vir a ser causados aos cidadãos", informou a empresa em nota nesta quinta-feira.

Reajuste salarial

Entre as reivindicações da categoria estão reajuste salarial de 43,7% e R$ 200 de aumento linear. Em audiência de conciliação, a ministra Cristina Peduzzi, vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), fez uma contraproposta aos trabalhadores e à direção dos Correios. A ministra propôs reajuste salarial de 5,2% (referente à reposição da inflação), aumento linear de R$ 80, reajuste de 8,84% do vale-alimentação e garantia de que o ponto dos grevistas não será cortado.

A proposta foi rejeitada pelos representantes dos Correios, sob o argumento que as medidas poderiam comprometer "a sustentabilidade econômica da empresa". De acordo com o sindicato, o reajuste de 5,2% "pode ser aceito até segunda-feira", quando está marcada uma nova audiência de conciliação.