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Paralisação dos bancários entra no segundo dia

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A greve nacional dos bancários entra no segundo dia nesta quarta-feira. Ontem, mais de 5.130 agências ficaram fechadas nos 26 estados e no Distrito Federal, de acordo com balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) no final do primeiro dia do movimento, com base nos dados enviados pelos 137 sindicatos que integram o Comando Nacional dos Bancários.

Começou mais forte que no dissídio do ano passado, quando o primeiro dia de greve fechou 4.191 agências, segundo Carlos Cordeiro, presidente da Contraf. Mas, nem assim os patrões se manifestaram sobre o atendimento, ou não, das reivindicações dos bancários, que incluem aumento de 10,25% nos salários, piso salarial de R$ 2.416,38, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mínimos mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários para toda a categoria e auxílio-refeição de R$ 622 nas cláusulas financeiras.

Como a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu 6% de reajuste, equivalente à reposição da inflação dos últimos 12 meses mais 0,58% de aumento real, os bancários se sentiram desprestigiados, considerando-se que os seis maiores bancos do país contabilizaram lucro líquido de R$ 25,2 bilhões no primeiro semestre e que os banqueiros deram aumento de 9,7% aos altos executivos do setor.

Carlos Cordeiro disse que “os bancos têm condições financeiras de sobra” para atender as reivindicações, mas a Fenaban sequer deu retorno às duas cartas que o Comando Nacional dos Bancários enviou nos últimos dias. O longo silêncio dos banqueiros foi determinante para a greve, segundo ele, e os bancários prometem intensificar o movimento e fazer a maior greve da categoria para garantir avanços econômicos e sociais.