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Jaques Wagner defende: 'Valério não esteve com Lula' 

Segundo governador baiano, publicitário nunca foi ao Planalto ou à Granja do Torto

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O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das supostas acusações publicadas na revista Veja, durante almoço que reuniu dirigentes petistas no Centro de Tradições Nordestinas, em São Paulo, neste domingo. A revista havia publicado, através de fontes não citadas, que Lula só não foi envolvido no mensalão por não ser citado por ele próprio, José Dirceu ou Delúbio Soares. Jaques Wagner disse desconhecer relações próximas entre Valério e o ex-presidente.

"Eu tenho a certeza que Marcos Valério nunca esteve na Granja do Torto e nem no Planalto com o Lula, isso eu posso garantir", afirmou, lembrando que na época ele era ministro das Relações Institucionais.

O governador disse ainda que já houve o julgamento político do mensalão na reeleição do Lula, em 2006, nas eleições municipais de 2008 e na de Dilma Rousseff em 2010, e que o julgamento não deverá trazer grandes prejuízos às campanhas das coligações petistas.

"Foram três julgamentos eleitorais, e neste momento, não há nada de novo além de tudo que já se sabia. É duro, um processo de sofrimento, mas não deve trazer nada de novo para essa eleição. Tudo que é demais é sobra. Se você salga demais, fica intragável para o povo", disse ele, afirmando que a oposição tenta "temperar" demais a história.

Rui Falcão, presidente nacional do PT, também se pronunciou e disse que não vai tomar nenhuma medica contra a publicação. "Não vamos tomar nenhuma atitude quanto a isso", afirmou, em nome do partido.

Alexandre Padilha, ministro da saúde, também minimizou os possíveis problemas do julgamento em época de campanha eleitoral. "As eleições municipais são descoladas do tema. Acreditamos na capacidade do Supremo e da Corte. A população, neste momento, não está olhando para isso. Ela quer que os problemas mais agudos das cidades sejam resolvidos."

O advogado de Valério já havia negado anteriormente que seu cliente tinha dado entrevista à revista e que o teor das acusações fossem verdadeiras.