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Valério não confirma informações de revista, diz advogado

O advogado do publicitário negou que seu cliente tenha dado entrevista 

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O advogado do publicitário Marcos Valério negou que seu cliente tenha dado entrevista à revista Veja, em edição que circula neste fim de semana. Marcelo Leonardo, que defende Valério no julgamento do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ainda que seu cliente "não confirma" as informações divulgadas pela revista.

"O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria", disse o advogado. A revista alega que fez matéria baseada em depoimentos de amigos e familiares de Valério. O publicitário teria feito confissões às pessoas entrevistadas pela Veja.

Segundo a publicação, Valério teria dito a familiares que teria medo de ser assassinado por saber tanto sobre o esquema. "Não sei de onde tiraram isso. Tem que perguntar para o jornalista que escreveu a matéria. O Marcos Valério não confirma essas informações", disse o advogado Marcelo Leonardo, que afirmou, ainda, não considerar necessário tomar providências contra a revista.

"O próprio perfil da revista torna desnecessário tomar qualquer atitude. O STF, por seus ministros, tem dito que eles julgam de acordo com a prova existente nos autos e não decidem com base em matérias que saem na imprensa. Entendo que essa matéria, que não tem conteúdo relativo a entrevista porque ele não deu nenhuma entrevista, não vai repercutir em nada no julgamento", argumentou.

De acordo com a matéria publicada pela Veja neste fim de semana, o publicitário deve revelar histórias que envolvem o ex-presidente Lula no esquema de corrupção armado durante seu governo. Para pessoas próximas, ele estaria repetindo que Lula não apenas sabia, como "era o chefe" do mensalão. Valério, que já foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e peculato, estaria afirmando que Lula era o "fiador" do esquema e dava garantias pessoalmente aos "doadores".

A acusação do Ministério Público Federal afirma que o mensalão foi abastecido com R$ 55 milhões emprestados a Marcos Valério pelos bancos Rural e BMG, além de R$ 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Mas, de acordo com a publicação, o publicitário teria dito que o caixa real do mensalão é de, pelo menos, R$ 350 milhões.