O vereador paulistano Antonio Carlos Rodrigues (PR), que assumirá a vaga deixada por Marta Suplicy (PT) no Senado, é investigado desde agosto pelo Ministério Público de São Paulo por suspeita de enriquecimento ilícito. O MP não disse o motivo do inquérito, mas o próprio político afirmou que foi intimado a explicar a razão para manter R$ 360 mil em casa, entre dólares e reais, conforme declarou à Justiça Eleitoral.
Nesta terça-feira, o vereador colocou suas declarações de renda à disposição. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Ele mostrou-se irritado com o caso e disse que, só como pessoa física, chegou a receber, em média, cerca de R$ 560 mil anuais. "Posso guardar R$ 100 mil por ano".
O futuro senador, no entanto, já teve outros problemas com a Lei. Em 2010, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou recurso contra decisão que o condenou a devolver R$ 32,7 milhões aos cofres públicos por conta de um contrato firmado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) quando ele a presidia, em 1992.
Em 2009, foi acusado pela Polícia Federal de receber propina da construtora Camargo Corrêa para interceder no Conpresp, órgão de preservação do patrimônio histórico, pela liberação de um terreno.