O ex-diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, declarou à CPMI do Cachoeira, no início da tarde desta terça-feira, ter sido ameaçado pelo ex-ministro das Comunicações e então senador Hélio Costa, em 2010, por ter se recusado a indicar empreiteiras às quais o político, então candidato do PMDB ao governo de Minas Gerais, pudesse pedir doações para a sua campanha.
Costa foi o segundo político nomeado por Pagot que lhe procurou, quando ele estava na direção do Dnit, para solicitar nome de empreiteiras que pudessem fazer doações políticas. Antes ele tinha citado a senadora e atual ministra da Articulação Política Ideli Salvatti que também foi atrás da indicação de empresas que pudesse fazer doações. Nos dois casos, segundo Pagot, ele não fez nenhuma indicação.
Segundo ele, Costa, que foi visita-lo “com toda a sua entourage”, reagiu negativamente, ameaçando-o de dedo em riste: “vou me eleger governador e a primeira coisa que farei será pedir sua saída do Dnit”.
Segundo Paggot, ele deixou de atender aos pedidos dos dois políticos – Ideli e Costa – por entender que ao atender ao tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff, entendeu que “estava atendendo ao partido como um todo, ao arco da aliança política do governo, e não a este ou aquele político”.