Cerca de 30 categorias do funcionalismo público federal fecharam acordo com o governo nesta terça-feira para encerrar a greve e retomar o trabalho. A proposta de reajuste apresentada é de 15,8%, dividido em três anos. Cinco categorias sinalizaram que não devem aceitar a proposta e deverão ficar sem reajuste no orçamento da União em 2013.
"Quem não decidir hoje, nós voltamos a discutir no ano que vem", afirmou o secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. "Mais de 90% dos servidores públicos assinaram com o governo federal", disse.
Hoje é o último dia dado pelo governo para que os servidores em greve aprovem um acordo. Segundo Mendonça, a equipe do Planejamento ficará à disposição, até a meia-noite, para firmar acordos com as categorias que ainda não se decidiram.
Na próxima sexta-feira, dia 31, a presidente Dilma Rousseff enviará ao Congresso Nacional o projeto de Lei Orçamentária Anual, que detalha os gastos do governo para o ano que vem. O ultimato dado pelo Executivo aos servidores é para que haja tempo hábil de inclusão dos reajustes neste projeto.
Dezoito das 22 categorias representadas pela Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) - que abrange o maior número de servidores - já aceitaram a proposta apresentada. "Estamos esperando o governo federal elaborar o texto final da minuta. Já estamos prontos para assinar", afirmou o responsável pela comunicação da entidade, Sérgio Ronaldo da Silva.
Cerca de 510 mil pessoas, entre ativos, aposentados e pensionistas, são representados pela Condsef. De acordo com Ricardo Mendonça, o impacto do reajuste apenas para estes servidores será de R$ 3,9 bilhões nos próximos três anos.