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Servidores da receita em alerta

Fiscais da Receita Federal não descartam parada geral  em setembro

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Os fiscais da Receita Federal já avisaram: a greve continuará mesmo após o dia 31 de agosto, quando será apresentada a lei orçamentária para 2013. A categoria admite até uma paralisação geral de 72 horas. Uma assembleia nacional, desmembrada em vários locais e associações, será realizada na quarta-feira(22).

Segundo fontes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais, a assembleia pretende recusar oficialmente a proposta do governo, de reajuste parcelado de 15,8% . Os fiscais federais reivindicam um reajuste salarial de  30,19%, sem parcelamentos. 

Estão previstas duas paralisações de 48 horas até o dia 31 de agosto, nas zonas secundárias: nos dias 22 e 23 e 28 e 29 deste mês, as zonas secundárias não irão trabalhar em protesto contra o governo federal. Caso o governo não reabra as negociações, deve ocorrer uma assembleia geral no dia 4 de setembro. Existe a real possibilidade de, após esta data, ser marcada uma greve geral das zonas primária e secundária, paralisando completamente as atividades da receita federal por 72 horas. 

Na zona primária, estão ocorrendo operações-padrão, nas quais a fiscalização é muito mais severa do que normalmente ocorre. Os auditores fiscais, segundo a assessoria do sindicato, têm deixado de fora das operações os medicamentos, materiais hospitalar e laboratorial, assim como alimentos perecíveis.

Nas zonas secundárias, o trabalho continua, embora com contingente reduzido. Todos os serviços envolvendo a receita prosseguem, os cálculos e contabilizações são elaborados e finalizados. No entanto, desde o início da greve, em 18 de junho, os resultados não vêm sendo entregues ao computador central da Receita. Nos últimos dias, um despacho que levaria 24 horas para ser entregue pode levar até 5 dias para chegar ao seu destino.

As ações grevistas estão acontecendo em dois níveis: a zona primária - na qual estão inseridos os portos, aeroportos e zonas de fronteira - e a zona secundária, que compreende todo o aparelho burocrático da Receita Federal.

Segundo a assessoria do Sindicato, a situação atual da greve só está neste patamar devido à intransigência do governo em negociação com os grevistas. Após um ano de negociações, esta seria a única alternativa para chamar a atenção para os problemas da categoria.