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Mensalão: presidente do STF evita falar em antecipação do voto de Peluso

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, não quis adiantar a posição da corte sobre a antecipação do voto do ministro Cezar Peluso no julgamento do mensalão. Peluso, no dia 3 de setembro, ao completar 70 anos cairá na chamada "expulsória", sendo obrigado a se aposentar.

Ayres Brito esteve na tarde desta sexta-feira no Rio para discursar no encerramento do I Congresso Internacional do Conselho Nacional de Procuradores Gerais. O ministro evitou abordar qualquer assunto referente ao julgamento em seu pronunciamento, que, de maneira poética, falou de temas como direito e neurociência. Aos jornalistas, disse que ainda "é uma incógnita" se a metodologia adotada pelo relator vai ou não atrasar o julgamento e prejudicar a participação do colega:

"O julgamento vai cumprir o cronograma estabelecido", limitou-se a dizer, sem revelar se a ordem de votos será mantida ou se Peluso votará logo após o revisor Ricardo Lewandovski, o que é muito possivel acontecer.

Mais uma vez o presidente do STF apoiou a decisão do ministro Joaquim Barbosa, que optou por dividir a votação em núcleos, respeitando o que foi feito pela Procuradoria-Geral da União na denúncia:

"Você não faz uma votação de ponta a ponta, e sim por núcleos. O relator seguiu a metodologia da denúncia, que é toda segmentada em núcleos temáticos. Ele ficou autorizado a usar a metodologia que escolhesse", explicou.

Segundo o presidente do STF, na sessão de segunda-feira, o ministro Barbosa seguirá a sua  explanação sobre cada núcleo, expondo o seu voto por etapas. Só após isso é que os demais ministros votarão.