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Em assembleia, professores da UFRJ votam pela continuação da greve 

Fato novo foi a presença de  assentados da reforma agrária, do MST 

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Os professores da UFRJ, em greve desde o fim de maio, decidiram hoje (17) pela manutenção do movimento, pelo menos até o dia 31 de agosto, em assembleia realizada no auditório Quinhentão, no Centro de Ciências Sociais da universidade. A categoria pede melhores salários, a criação de um plano de carreira e melhores condições de trabalho.

 Os favoráveis à continuação da greve argumentavam que aceitar a proposta do governo seria um retrocesso, lembrando que no dia 31 de agosto o orçamento final de 2013 será encaminhado pelo governo. Já os contrários à greve argumentam que o ano letivo será perdido, e que não há formas de mudar a política econômica do governo Dilma Roussef. 

Visivelmente rachados,281 professores votaram a favor da continuidade da greve e 251, contra. O fato novo de hoje foi a presença - barulhenta, embora não majoritária -, de representantes de assentados da reforma agrária, que fazem parte do MST. Incluía-se ao grupo alunos do serviço social da UFRJ.

No final da votação, os que votaram contra a greve se retiraram da plenária, presidida pelo presidente da Associação de Docentes da UFRJ, Mauro Iasi. Enquanto isso, os favoráveis à greve, em festa, repetiam em alto e bom som: "pelegos!"

Hoje, o MST também se reuniu a servidores grevistas em Maceió, interpelando a comitiva que se dirigia à inauguração de uma fábrica da Brasken, à qual compareceu a Presidente Dilma Roussef. Dilma não foi afetada pelos manifestantes proque chegou à fábrica de helicóptero, mas a BR 314 foi bloqueada por mais de 40 minutos e o carro do presidente do Tribunal de Justiça, sebastião Costa Filho, foi danificado a porretes. O magistrado chegou a partir para o confronto físico.