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CPI de Goiás marca depoimento de Cachoeira para quarta-feira 

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Assembleia Legislativa de Goiás para investigar o envolvimento de autoridades e políticos goianos com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira decidiu nesta quarta-feira que o contraventor prestará depoimento às 11h do dia 8 de agosto. No mesmo dia, a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, será ouvida pela CPI do Cachoeira no Congresso Nacional, em Brasília.

Ontem, foram ouvidos na comissão de Goiás o empresário Fábio Passaglia, ex-diretor da Comissão de Compras e Licitação da Prefeitura de Goiânia, e o presidente da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), Edemundo Dias.

Edemundo, que depôs na condição de testemunha, disse não conhecer Cachoeira. Ele afirmou que, no período de 11 meses em que atuou como delegado-geral, combatia diariamente os jogos ilegais. O delegado de polícia Rosivaldo Linhares Rosa também estava com o depoimento marcado, mas não compareceu.

Passaglia apresentou habeas-corpus emitido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, o que lhe garantiu o direito de permanecer calado. Ele é acusado de ter recebido pelo menos R$ 6 milhões do policial civil aposentado Alcino de Souza, proprietário da empresa GM Comércio de Pneus e apontado como laranja no esquema de Cachoeira.

Na sessão, os deputados-membros da CPI, criada na Assembleia para investigar possível ligação de autoridades goianas com a contravenção e ainda a atuação das empresas Delta e Gerplan no Estado, também aprovaram requerimento para quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico e de SMS da GM Comércio de Pneus e Peças Ltda. O proprietário, Alcino de Sousa, já teve os sigilos quebrados pela CPI.

Antes das oitivas, os deputados Tulio Isac (PSDB) e Talles Barreto (PTB) apresentam requerimento solicitando a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e de SMS do vereador de Catalão Gilmar Antônio Neto (PMDB). Os deputados Mauro Rubem (PT) e Daniel Vilela (PMDB), por sua vez, pediram a convocação do ex-secretário da Fazenda de Goiás e ex-deputado estadual Jalles Fontoura, e do ex-prefeito de Anápolis, Ernani de Paula, para depor na CPI.