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Comissão da Verdade começa, por Goiás,  audiências públicas nos estados  

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A Comissão Nacional da Verdade (CNV), criada para resgatar a história do período da Ditadura militar começa nesta quinta-feira (12), em Goiânia, a realizar audiências públicas para ouvir a sociedade civil.

O evento contará com a participação de "vítimas, familiares de mortos e desaparecidos, e membros de comissões da verdade do Estados e comitês de apoio à verdade e à memória". O encontro está sendo organizado pelo Comitê Goiano da Verdade, composto por várias entidades locais de defesa dos direitos humanos e parlamentares, e tem o apoio da OAB local.

A audiência de Goiânia, nesta quinta-feira (12), será na Assembleia Legislativa de Goiás e terá a participação de Claudio Fonteles, ex-Procurador Geral da República e integrante da Comissão Nacional da Verdade. Com ele estará o subprocurador da República aposentado Wagner Gonçalves, nomeado assessor especial da CNV.  

A audiência pública em Goiânia é a primeira. No dia 30 de julho, a Comissão da Verdade receberá, em Brasilia, representantes dos Comitês de Verdade, Memória e Justiça instalados em todo o país. Já há no Brasil cerca de 40 destes comitês,  estaduais e municipais, formados pela sociedade civil. No evento serão definidas formas de colaboração entre a CNV e estes grupos.

Em agosto - dias 13 e 14 -, o trabalho de levantamento de dados se realizará no Rio. O encontro será com o "Coletivo RJ, Memória, Verdade e Justiça", integrado, entre outros, pela OAB-RJ e o Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis. No dia 10 de setembro, em Recife, os representantes da CNV se reunirão com a Comissão de Verdade de Pernambuco, composto por vítimas, familiares de mortos e desaparecidos e comitês de apoio.

A CNV foi criada em maio de 2012, para investigar os crimes de violação dos Direitos Humanos, no período de 18 de setembro de 1946 e 5 de outubro de 1988. mas o trabalho dos sete membros nomeados pela presidente da República, como já ficou definido, se concentrará no período da Ditadura militar (1964-1985). O comitê de apuração não tem o poder de julgar, mas, somente, recolher as informações, documentos e realizar pesquisas, com a finalidade de levar à tona a memória e a verdade histórica.  

Reportagem: Rômulo Diego Moreira