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CPI do Cachoeira ouve nove depoimentos  esta semana

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A CPI do Cachoeira ouvirá esta semana o depoimento de nove convocados. Os parlamentares esperam obter mais informações sobre a venda da casa onde Carlinhos Cachoeira foi preso em fevereiro deste ano. O imóvel, num condomínio de luxo em Goiânia, pertenceu ao governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Serão ouvidos na terça-feira (26), às 10h15, o ex-assessor de Perillo, Lúcio Fiúza Gouthier, que teria presenciado o pagamento do imóvel; Écio Antônio Ribeiro, um dos sócios da empresa Mestra Administração e Participações, em nome da qual a casa foi registrada num cartório em Trindade (GO); e Alexandre Milhomen, arquiteto que trabalhou na reforma da residência.

Na quarta-feira (27), também às 10h15, serão ouvidas outras três pessoas ligadas ao governador de Goiás. Jayme Eduardo Rincón, ex-tesoureiro da campanha de Perillo, teria recebido R$ 600 mil do grupo de Cachoeira na conta de uma empresa da qual seria sócio. Eliane Gonçalves Pinheiro é ex-chefe de gabinete de Marconi Perillo e está sendo acusada de repassar informações sobre operações policiais a aliados do governador. Da primeira vez que foi convocada, Eliane conseguiu habeas corpus para ter o direito de permanecer em silêncio, mas alegou problemas de saúde para não comparecer.

Também será ouvido Luiz Carlos Bordoni, o radialista que afirmou, em entrevista à imprensa, ter recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções para prestar serviço à campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010. Parte do pagamento, no valor de R$ 45 mil, foi feito em um depósito na conta da filha do radialista, Bruna Bordoni, que já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). Também à imprensa, o radialista afirmou que outra parte do pagamento foi feito diretamente por Perillo, que negou o fato por meio de nota oficial e processou o jornalista.

Na quinta-feira (28), às 10h15, a CPI colhe depoimentos para buscar esclarecer fatos relacionados ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Serão ouvidos Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal que foi citado em escutas telefônicas como possível facilitador do esquema de Cachoeira no governo do DF; Marcello de Oliveira Lopes, conhecido como Marcelão, é ex-assessor da Casa Militar do DF e, segundo a Polícia, estava envolvido na tentativa de conseguir a nomeação de um aliado de Cachoeira no Serviço de Limpeza Urbana (SLU) da capital; e João Carlos Feitoza: ex-subsecretário de Esportes do Distrito Federal, também conhecido como Zunga, é suspeito de receber dinheiro do grupo de Cachoeira e também de ser uma espécie de contato entre o governador Agnelo e o contraventor.