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Cachoeira: Perillo exonera assessor que revelou doação em "pacotinhos"

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Depois de o empresário Walter Paulo Santiago revelar na CPI do Cachoeira que deu, em "pacotinhos", dinheiro ao assessor especial do governador Marconi Perillo, Lúcio Fiúza Gouthier, e ao ex-vereador Wladimir Garcez, o governador anunciou nesta quarta-feira (6) a exoneração de Fiúza.  

A decisão do governador Marconi Perillo ocorre um dia após o empresário Walter Paulo Santiago depor na CPMI do Cachoeira - que investiga as relações do bicheiro-empresário com parlamentares, governadores e empresas.

Os dois, segundo o empresário, intermediaram a compra de um imóvel do governador em bairro nobre de Goiânia. O montante dado a Fiúza e Wladimir pela casa foi de R$ 1,4 milhão em notas de R$ 50 e R$ 100.

Procurada, a assessoria de Marconi Perillo informou que a exoneração foi feita a pedido de Fiúza. O empresário teria alegado razões particulares para deixar o posto.

A versão dada pelo empresário Walter Paulo Santiago a respeito da compra da casa também contradiz a apresentada por Perillo.

O governador alega que recebeu três cheques pela casa (dois de R$ 500 mil e um de R$ 400 mil), que somam R$ 1,4 milhão. Os cheques foram emitidos pela empresa Excitant Confecções Ltda, de uma cunhada de Cachoeira, nos meses de março, abril e maio de 2011.

A empresa, por sua vez, recebeu dinheiro de uma firma fantasma criada pelo esquema Cachoeira para receber dinheiro da empreiteira Delta.

A versão de Walter Paulo também contradiz o ex-vereador tucano Wladimir Garcez, que disse em depoimento à CPI que ele mesmo era o comprador da casa e que, para isso, contou com empréstimos de Cláudio Abreu, ex-diretor da Delta, e de Cachoeira. Somente depois que supostamente percebeu que não teria como cobrir os cheques emitidos, procurou outro comprador --no caso, Walter Paulo.

Com Agência Brasil e Portal Terra