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CPMI de Cachoeira: Pedro Taques quer convocação de radialista

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O senador Pedro Taques (PDT-MT) formalizou à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investiga as relações de Carlinhos Cachoeira com agentes públicos e privados, um requerimento para a convocação do radialista goiano Luiz Carlos Bordoni.

O pedido foi protocolado na última sexta-feira (1º) e a intenção do senador é ouvir explicações do radialista que afirmou à imprensa ter recebido dinheiro da Alberto & Pantoja Construções para prestar serviço à campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás, em 2010. Protocolado o requerimento, cabe à presidência da CPMI decidir quando irá colocá-lo para apreciação.

Segundo a Polícia Federal, a Pantoja é uma empresa de fachada de Cachoeira para lavar dinheiro da empreiteira Delta. De acordo com Pedro Taques, parte do pagamento, no valor de R$ 45 mil, foi feito em um depósito na conta da filha do radialista, Bruna Bordoni, que já trabalhou no gabinete do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).

Em seu requerimento, o de número 500/12, o senador também argumenta que, segundo foi divulgado pela imprensa,Bordoni "teria passado a conta da filha para pagamento, porque estava em viagem e ela administrava seu patrimônio". O senador acrescenta, na proposta, que "a transferência consta no laudo da Polícia Federal do inquérito da operação Monte Carlo e foi feita em 14 de abril de 2011”.

"Outro ponto que pode ser revelado com a convocação do jornalista é a verdadeira ligação dos Bordonis com o Senador Demóstenes Torres, vez que a Sra. Bruna Bordoni já foi nomeada para assessorar o Senador”, consta do documento.

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, de domingo (03.06), o radialista afirmou que está disposto a depor na CPI. Bordoni disse ainda que vai solicitar a quebra do sigilo telefônico dele, da filha e também de Lucio Gouthier Fiúza, assessor particular de Perillo, responsável pelo depósito.

Demóstenes

Além de Luiz Carlos Bordoni, o senador Pedro Taques também tem intenção de ouvir Hillner Ananias, ex-segurança do senador Demóstenes Torres. Em requerimento apresentado na quinta-feira (31.05), Taques alega que o nome foi citado em diversas ligações entre Cachoeira e integrantes da organização criminosa comandada pelo empresário goiano. Segundo Taques, Hillner pode prestar esclarecimento relevante à comissão, "especialmente sobre fatos dos quais tomou conhecimento durante os quase sete anos de assessoramento ao senador”.