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Simon quer força-tarefa para uma devassa na Delta 

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A quebra do sigilo bancário da Delta, decisão tomada pela CPI do Cachoeira, reforça a necessidade de uma força-tarefa para a realização de uma devassa na construtora, na opinião do senador Pedro Simon (PMDB-RS), que manifesta preocupação com o que considera inércia das autoridades. 

Simon  acredita que as investigações, para serem amplas e em profundidade, exigem que uma força-tarefa seja formada pela Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal, Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho de Controle de Atividades Financeiras(Coaf) e Interpol. 

Além disso, Simon sugere bloqueio dos bens de todos os proprietários e sócios, quebra de sigilos bancários, telefônico e fiscal e a retenção de passaportes.

- A CPI do Cachoeira anda devagar e quase sem direção - desabafa Simon. 

- A CPI convocou governadores mas deixou de lado, por exemplo, o dono da Delta, a maior empreiteira do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Sr. Fernando Cavendish. O empresário já anunciou que vai embora para os Estados Unidos. Ele diz isso e não acontece nada - acrescenta. 

Há a suspeitas de que o ‘bicheiro’ Carlinhos Cachoeira seja sócio oculto da Delta.

Órgãos só podem agir com autorização judicial

Apesar dos apelas do senador Pedro Simon, alguns órgãos fiscalizatórios não têm poder para abrir investigações por iniciativa própria. É o caso da Receita Federal, responsável por checar os dados tributários da Delta Construções, os fiscais não podem realizar auditorias contra quaisquer pessoas físicas ou jurídicas sem autorização judicial.

O Coaf já investigou as empresas ligadas a Carlinhos Cachoeira e detectou que o contraventor utilizava suas empresas para lavar dinheiro da contravenção, mas não informação sobre levantamentos sobre a Delta.

O Ministério Público Federal (MPF) não soube informar, até o fechamento desta reportagem, se há algum pedido de investigação sobre a empreiteira.