Reportagem publicada nesta quinta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo revela um acordo acertado entre governo e oposição que garantiria a não investigação de governadores, do comando nacional da empreiteira Delta e de parlamentares na CPI do Cachoeira. Com isso, o foco fica em agentes secundários no esquema do contraventor.
Além do arquivamento de pedidos de quebra de sigilo das contas da empreiteira e de seu ex-diretor, Fernando Cavendish, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) também foi deixado de lado.
A matéria diz que a decisão ocorreu depois que PT e PMDB ameaçaram aprovar na sessão de hoje a quebra de sigilo telefônico do governador Marconi Perillo (PSDB-GO), suspeito de ter vendido uma casa a Cachoeira.
Em contrapartida, o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PR), mandou dizer ao relator Odair Cunha (PT-MG) que apresentaria um requerimento igual contra os governadores Agnelo Queiroz (PT-DF), também suspeito de envolvimento com o grupo do bicheiro, e de Sérgio Cabral (PMDB-RJ), que aparece em fotos e vídeos com Cavendish. Na sessão de hoje não serão votados requerimentos de convocação.