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Em seminário no BNDES, Mercadante fala sobre Comissão da Verdade

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Acompanhando a tônica do discurso da presidente Dilma Rousseff - que declarou na manhã desta quarta-feira (16) que o governo não vai interferir nos trabalhos da Comissão da Verdade - o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse nesta quarta, que espera que o Brasil saia mais “maduro e mais convicto da importância das liberdades” com os trabalhos da Comissão da Verdade. O ministro participou do Fórum Nacional, no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

“Muitos países da América Latina e da África passaram por esta experiência, o resgate da memória, que sempre constrói valores importantes para a sociedade, especialmente se não forem marcados por um sentimento de revanchismo, mas, sim, de um aprendizado coletivo, para que essas experiências de tortura, prisão, censura nunca mais se repitam no Brasil. Espero que o Brasil saia mais maduro e mais convicto da importância das liberdades como um fator fundamental da construção da nossa identidade”, disse.

O ministro não quis fazer comentários sobre os rumos que a Comissão da Verdade deve tomar, o que, segundo ele, deve ser definido pela própria comissão. “Eu sou apenas ministro da Educação. O que me interessa dessa discussão é apenas a formação, os valores que podem ajudar a democracia brasileira a avançar com essa experiência”, disse Mercadante.

Em evento no Rio de Janeiro, o ministro também comentou os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que mostram um aumento da taxa de reprovação no ensino médio, em 2011. A taxa de 13,1%, divulgada por jornal, é a maior desde 1999. Mercadante disse que é preciso analisar os dados com mais profundidade para entender o que houve, mas disse que uma das explicações para o aumento da taxa pode ter sido a troca de governos estaduais no ano passado.

Com Agência Brasil