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PT não tem nenhuma preocupação quanto ao mensalão, diz presidente

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, evitou responder, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, às acusações do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alvo da base aliada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que investiga Carlinhos Cachoeira. Gurgel diz que os réus do mensalão o criticaram para enfraquecer o julgamento do caso e fragilizar a acusação e seus julgadores, isto é, os ministros do Supremo Tribunal Federal.

"Eu li as declarações atribuídas a ele", disse Falcão, "e não emiti nenhuma declaração." Segundo Gurgel, seus críticos o acusam de não cumprir com seu dever em 2009, quando a Operação Vegas, da Polícia Federal, já apontava indícios das ações do bicheiro goiano e de sua relação com diversos políticos. Falcão, por sua vez, respondeu que o PT não tem "nenhuma preocupação com relação à prestação de Justiça". Em seguida, o presidente nacional do partido voltou o foco ao procurador-geral.

"Continuo dizendo que ele tem que responder à pergunta lançada pelo delegado da PF, Raul Alexandre Souza, de por que ele não tinha dado sequência às denúncias que recebera sobre a operação Vegas", disse Falcão. Segundo ele, "se naquele momento as primeiras denúncias tivessem vindo à luz, poderíamos ter tido resultados eleitorais diferentes."

Questionado se o PT insistiria na convocação de Gurgel para depor na CPI, Falcão disse que a pergunta deveria ser feita aos parlamentares da Comissão. Segundo ele, a investigação parlamentar será importante ao Brasil para descobrir "como uma organização criminosa conseguiu chegar à alta política do País, chegando a ponto de pretender transformar o senador Demóstenes em ministro do STF", e também para "ajudar a refletir sobre o financiamento público de campanhas eleitorais".