ASSINE
search button

Joaquim Barbosa diz que CPI do Cachoeira não pode convocar procurador-geral

Compartilhar

O ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal do Mensalão do PT, disse ontem que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga o “Caso Carlinhos Cachoeira” não tem competência para convocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O chefe do Ministério Público foi criticado por alguns parlamentares por não ter denunciado o esquema desbaratado agora pela Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 2009, quando já tinha conhecimento das atividades criminosas do empresário goiano, então investigado na Operação Vegas.

Interpelado por jornalistas, no intervalo da sessão do STF, nesta quinta-feira, Barbosa acrescentou que, de sua parte, não sente nenhuma pressão dos “mensalistas”, “absolutamente nada”.

E acrescentou: “Quanto ao doutor Gurgel, digo apenas que ele é um servidor do estado inatacável. Não há porque convocá-lo (à CPI) para explicar suas atribuições, que são constitucionais. Ele é um agente que goza de independência. É o titular da ação penal”.

Quanto ao que seria uma ação de acusados no processo do Mensalão para desacreditar o procurador-geral da República, o ministro afirmou que “a atuação do Ministério Público no processo do Mensalão já está concretizada”.