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Base governista prega 'cautela' em apuração da CPI do Cachoeira 

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A oposição critica o que chama de "excesso de controle" no comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que deve investigar as ligações de entes públicos e privados com o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal acusado de chefiar uma quadrilha de jogos ilegais em Goiás.

Parlamentares da base governista respondem que é preciso "cautela" nas investigações. "Cautela quer dizer cuidado, quer dizer não acusar pessoas que sejam inocentes, igualmente só acusar com provas, não atacar instituições que não tenham qualquer envolvimento, isso quer dizer cautela, mas não quer dizer falta de firmeza. Nós temos que ser firmes para denunciar todos aqueles que estejam, envolvidos com essa organização criminosa", afirmou o petista Paulo Teixeira (SP).

A empresa Delta, que estaria envolvida em pagamentos de propina, mantém contratos milionários tanto com o governo federal quanto com Estados como o Rio de Janeiro, que não são alvo da CPI instalada nesta semana no Congresso. 

O senador tucano Alvaro Dias (PR), apesar de defender a abrangência das investigações com os "entes públicos", não faz menção às relações de Cachoeira com particulares. "Nós temos de ir além especialmente investigando as relações de promiscuidade dessa quadrilha com os entes públicos, município, estado e União, com contratos milionários, superfaturados", disse. 

A CPI deve ouvir primeiro os policiais federais que fizeram as investigações e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Depois, seriam convocados os principais personagens da denúncia: Cachoeira, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e Fernando Cavendish e Cláudio Abreu, ligados à Delta.