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Relatório contra Demóstenes será apresentado dia 3 no Conselho de Ética 

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O senador Humberto Costa (PT-PE), relator da representação que pede a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) no Conselho de Ética, confirmou nesta quinta-feira que utilizará todo o tempo a que tem direito e irá apresentar seu parecer apenas no dia 3 de maio.

"Recebi hoje a defesa e começo a trabalhar na elaboração do relatório preliminar a partir de hoje. Sugiro ao presidente que possa convocar uma reunião para o dia 3 de maio, daqui a sete dias, onde farei a apresentação e leitura do relatório", disse Costa. 

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O senador também informou que não recebeu do Supremo Tribunal Federal (STF) os documentos relativos à investigação sobre Demóstenes que estão sob poder do ministro Ricardo Lewandowski. Ainda assim, o petista disse que a falta do inquérito não atrapalha na produção do relatório.

Com a decisão de Humberto Costa, o presidente do Conselho, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), marcou para o dia 8 de maio a reunião deliberativa que vai decidir sobre a admissibilidade ou não da representação contra Demóstenes. Neste dia, os senadores do Conselho votarão pela abertura ou não de um processo de cassação. "O prazo se encerra no dia 10. Estou marcando para o dia 8 porque, se surgir nesse prazo de dois dias algum fato novo, teremos tempo suficiente para fazer as diligências necessárias ou tomar as providências cabíveis¿, explicou Valadares.

O presidente do Conselho foi interpelado pelos senadores da oposição sobre o rito a qual estaria sendo submetido Demóstenes. Para o senador Mário Couto (PSDB-PA), Demóstenes não estaria tendo direito a uma defesa digna, acusação que foi rechaçada por Valadares. "Ele tem cinco advogados. Ele pode vir sozinho ou mandar um deles aqui para defendê-lo, como achar melhor. Defesa ele tem. Todo o processo será encaminhado em obediência ao princípio do contraditório e ele terá todas as condições de expor sua palavra", respondeu o presidente do Conselho.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) chegou a pedir a supensão do processo no Conselho de Ética até que o plenário do Supremo se pronuncie sobre um pedido feito pela defesa de Demóstenes. Os advogados do senador querem anular do inquérito questionando a legalidade das provas colhidas nas operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal, e que deram início ao processo de investigação contra Demóstenes. A sugestão não foi acatada.