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Grampo liga Protógenes a citado no esquema de Cachoeira 

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Autor do requerimento de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ligação de políticos com Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais no país, o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) foi flagrado em pelo menos seis conversas suspeitas com um dos mais atuantes integrantes do esquema do bicheiro goiano: Idalberto Matias Araújo, o Dadá. 

Os grampos da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelam a proximidade do parlamentar com um possível alvo da CPI que deverá ser instalada no Congresso Nacional. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Dadá foi identificado na Operação Monte Carlo - na qual ele e Cachoeira foram presos, em fevereiro - como o encarregado de cooptar policiais e agentes públicos corruptos, de obter dados sigilosos para a quadrilha e de identificar e coordenar a derrubada de operações de grupos concorrentes. 

Ele está preso desde o mês passado, acusado de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e exploração de máquinas caça-níqueis. Nas conversas, recebe orientações do ex-delegado sobre como agir para embaraçar a investigação aberta pela corregedoria da PF sobre desvios no comando da operação que culminou com a prisão do banqueiro Daniel Dantas - a Satiagraha. 

Os diálogos revelam o empenho do deputado, delegado licenciado da PF, em orientar Dadá na investigação aberta contra ele próprio, no ano passado. Procurado pelo jornal O Estado de S. Paulo por três vezes em seu gabinete ontem, Protógenes não foi localizado e também não respondeu às ligações para seu celular.