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Padilha: denúncias sobre disputa por hospitais são extremamente graves

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O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse neste sábado que as denúncias da revista Veja sobre a disputa política por hospitais federais são "extremamente graves" e que serão usados todos os meios legais para recuperar os recursos desviados da saúde. Porém, para o ministro, não existe nenhuma guerra entre partidos políticos pelo comando dos hospitais federais do Rio de Janeiro. Segundo Padilha, já existem ações desenvolvidas com a Controladoria-Geral da União (CGU) "voltadas para o fortalecimento de controles internos administrativos que inibem esse tipo de irregularidade".

"Não tem guerra de partido político. Não há nenhuma questão partidária nisso, (...) tem uma guerra é contra algumas empresas que, de acordo com nossa apuração em parceria da CGU apontam indícios de formação de cartéis e alteração em licitações, por exemplo".

De acordo com a reportagem publicada pela revista, o aliado do ministro, Edson Pereira de Oliveira, que acompanha Padilha há duas décadas, deixou o cargo de assessor especial depois de ter recebido R$ 200 mil de propina, pagas por um grupo suspeito de desvios milionários em hospitais do Rio. De acordo com a revista, o suborno foi entregue a Edson para que o bando continuasse com um canal aberto junto ao ministério.

Procurado pela revista, Oliveira disse que recebeu o dinheiro porque caiu em uma "armadilha" e acusou deputados de pedirem R$ 350 mil por mês para manter a máquina funcionando. Os parlamentares supostamente envolvidos, segundo a reportagem, são: Áureo (PRTB), Marcelo Matos (PDT), Cristiano (PTdoB) e Nelson Bornier (PMDB), todos da bancada fluminense.

Alexandre Padilha disse estar "indignado" com os fatos e que só tomou conhecimento das novas denúncias na segunda-feira passada. Afirmou ainda que não desconfiada ou sabia de indícios de comportamento ilícito do assessor. Sobre a série de denúncias, Padilha disse todas serão investigadas. "Esses novos fatos serão absolutamente apurados, queremos ir até o fim sobre a verdade e punir qualquer um que seja responsável", falou.