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Mulheres já são maioria na magistratura trabalhista  

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Na Justiça trabalhista, o número de mulheres já é maior do que o de homens na lista de titulares das varas de primeira instância. Elas passaram a ocupar 42,4% dessas funções, enquanto os homens à frente dos juízos atualmente preenchidos representam 42,2% do total. Entre os juízes substitutos, mais jovens em sua maioria, o avanço feminino é ainda maior: dos 1.420 cargos existentes, 777 (54,72%) são ocupados por mulheres.

>> OAB: Percentual de mulheres que advogam no país já é de 43% 

A Justiça do Trabalho foi a primeira a ter uma mulher no cargo de ministro do tribunal de cúpula — o Tribunal Superior do Trabalho — com a nomeação da ministra Cnéa Cimini Moreira, em 1990. Hoje, o TST é o tribunal superior com o maior percentual de mulheres (20%) em sua composição: as ministras Maria Cristina Peduzzi, vice-presidente da Corte, Maria de Assis Calsing, Dora Maria da Costa e Kátia Magalhães Arruda. No Supremo Tribunal Federal, há duas mulheres entre os 11 membros (Cármen Lúcia e Rosa Weber); no Superior Tribunal de Justiça, elas são cinco num colegiado de 33 assentos (Eliana Calmon, Nancy Andrighi, Laurira Vaz, Maria Thereza de Assis Moura e Maria Isabel Gallotti).

Futuro revolucionário”

Ao se pronunciar nesta quinta-feira sobre o Dia das Mulheres, na abertura da sessão da Subseção 1 Especialziada em Dissídios Coletivos do TST, o presidente da Corte, ministro João Oreste Dalazen, afirmou que se esboça no Juidiciário “um futuro revolucionário” em termos de paridade entre homens e mulheres.

De acordo com Dalazen, as mulheres ultrapassaram um período de muita discriminação e violência física, mas ainda são discriminadas no mercado de trabalho, especialmente em relação à isonomia salarial. Manifestou, porém, a confiança de que um dia atingirão um patamar de igualdade plena.

“Hoje não é apenas um dia de comemoração e alegria, mas também um dia de esperança de que todas as mulheres do mundo possam alcançar um nível de reconhecimento e igualdade de seus direitos civis, sociais e políticos, para alegria de todos nós”, concluiu. A ministra Cristina Peduzzi agradeceu a manifestação, em nome das colegas do TST.