ASSINE
search button

PDT oferece três nomes para comandar Ministério do Trabalho  

Compartilhar

Brasília - O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse nesta terça-feira que ainda não conversou com a presidente Dilma Rousseff sobre a substituição definitiva do comando do Ministério do Trabalho. O partido, no entanto, tem uma lista tríplice. Os nomes são Manoel Dias, secretário-geral do PDT, e os deputados Vieira da Cunha e Brizola Neto.

"Ela (a presidente) ainda não nos chamou para essa discussão, mas deverá chamar brevemente. Há três nomes que estão sendo ventilados e a decisão é muito para o perfil que ela escolher", disse o ministro logo após a reunião do Conselho Político. "Eu digo que os três para mim são iguais, são companheiros", acrescentou o ministro.

Ex-ministro do Trabalho, demitido por denúncias de corrupção, Carlos Lupi, hoje presidente do PDT esteve no Palácio do Planalto para a reunião da coordenação política - colegiado que reúne ministros de cúpula além de lideranças partidárias da base aliada ao governo. Segundo Lupi, "não houve qualquer constrangimento" ao se reunir novamente com a presidente Dilma Rousseff.

Troca-troca nos ministérios

O governo de Dilma Rousseff vem enfrentando sucessivas quedas de ministros desde os primeiros seis meses do mandato da presidente, sendo que sete deixaram os cargos por supostas irregularidades. O primeiro a cair foi Antonio Palocci (PT), ex-ministro da Casa Civil, no dia 7 de junho de 2011, após denúncias de que seu patrimônio teria aumentado 20 vezes em quatro anos, sob suspeita de tráfico de influência. Cerca de um mês depois, Alfredo Nascimento (PR) deixou o Ministério dos Transportes, após a descoberta de um suposto "mensalão" que seu partido teria montado dentro da pasta.

Nelson Jobim (PMDB) deixou o Ministério da Defesa, no dia 4 de agosto, depois de criticar publicamente colegas do primeiro escalão. No mesmo mês, Wagner Rossi (PMDB) pediu demissão do Ministério de Agricultura, enfraquecido por suspeitas de ligações com um lobista. Em setembro de 2011, Pedro Novais (PMDB) entregou seu cargo no Ministério do Turismo, após denúncias de que teria usado recursos públicos para pagar empregados de sua família.

No dia 26 de outubro, o então ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), deixou o cargo depois que a imprensa noticiou supostas fraudes em contratos entre a pasta e organizações não-governamentais (ONGs). A suspeita de irregularidades envolvendo ONGs também foi motivo da queda do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (PDT), em dezembro de 2011. No dia 2 de fevereiro de 2012, foi a vez do ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP), desgastado por denúncia de que uma diretora da pasta teria adulterado um parecer técnico, superfaturando uma obra de mobilidade em R$ 700 milhões.