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Dezessete pessoas foram assassinadas nas últimas cinco horas em Salvador

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Dezessete pessoas foram assassinadas nas últimas cinco horas em Salvador, na Bahia, onde cerca de 10 mil policiais militares, o que corresponde a cerca de um terço da tropa, entraram em greve na terça-feira. Com os homicídios, chega a 44 o número de mortos desde o início das paralisações. Todas os crimes foram decorrentes do disparo de armas de fogo.

Foram registrados casos de vandalismo, com assaltos, arrastões e arrombamentos de lojas, em várias áreas da cidade. Para tentar conter a onde de violência, o Ministério da Defesa decidiu enviar 650 homens da Força Nacional para a capital baiana. Já na manhã de hoje, 150 militares estavam atuando.  Há ainda a possibilidade de que mais 2 mil militares de tropas da 10ª Região Militar, em Fortaleza (CE), sejam acionados para reforçar a segurança no estado.

A Marinha acionou 250 fuzileiros navais para a segurança de portos e terminais de embarque, e a Força Aérea Brasileira (FAB) designou cerca de 400 militares para cuidar do funcionamento regular dos aeroportos públicos em todo o Estado.

O secretário de Segurança da Bahia, Maurício Barbosa, disse nesta quinta-feira que o reforço integra um pacote de medidas para a restauração da sensação de segurança. Ele se reunirá com representantes de associações de policiais para discutir o assunto.

Oa policiais reivindicam a criação de um plano de carreira, pagamento da Unidade Real de Valor (URV), adicionais de periculosidade e insalubridade, gratificação de atividade policial incorporada ao soldo e anistia, revisão do valor do auxílio alimentação e melhores condições de trabalho, entre outros pontos. 

A Justiça, entretanto, concedeu uma liminar ao governo do Estado que decreta a ilegalidade da greve dos policiais militares da Bahia. A decisão deve ser cumprida de imediato, sob pena de multa de R$ 80 mil, por cada dia de paralisação.