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Presidente da AMB “repudia” terceiro atentado contra juízes em menos de um ano

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A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) divulgou nota em que “repudia e condena o atentado a bomba ocorrido, na tarde desta quinta-feira, no Fórum de Rio Claro, interior de São Paulo, deixando dois feridos”. O presidente da AMB, desembargador Nelso Calandra, lembra que, “pela terceira vez este ano, o trágico fato confirma a escalada ascendente de violência sobre Juízes e fóruns, reaberta, no dia 2 de janeiro, com um incêndio no Fórum de Nova Serrana (Centro-oeste mineiro) à luz do dia, e agravada com o atentado aos familiares de uma magistrada cearense, no dia 4”

Por volta das 14 horas, uma bomba caseira explodiu nas dependências do Fórum Municipal de Rio Claro, provocando ferimentos e dois funcionários, um dos quais foi internado na Santa Casa da cidade. Segundo a Polícia Militar, o artefato estava dentro de um pacote, endereçado a uma pessoa que trabalhava no fórum. Quando a caixa foi aberta, a bomba explodiu, soltando pregos.

Fóruns sem segurança

A nota expedida pelo presidente da AMB ressalta que “agora, enviam até bomba por correspondência, para atingir outra juíza que nada mais faz do que cumprir sua missão de julgar”, e exclama: “Não vamos tolerar outro bárbaro assassinato como aquele que vitimou nossa colega Patrícia Acioli, com 21 tiros, no Rio de Janeiro”.

“Não é sem razão que isso vem se repetindo em todo o País, mas pela exclusiva falta de segurança nos fóruns, como vem denunciando a AMB desde o início do ano passado. Tais atos configuram autêntico desafio à cidadania e às instituições democráticas, como já denunciado no Manifesto pela Segurança da AMB e a associações filiadas” — continua a nota.

O presidente da AMB defende a adoção de “medidas vigorosas pelas forças de Segurança e pelos Poderes Legislativo e Judiciário, como a criação de um serviço de polícia própria para o ambiente forense, treinada especificamente para esse tipo de demanda”.

“Temos que dar um basta a essa onda de intimidação e violência que teima em desafiar as forças do bem, da lei e da paz social. Não nos curvaremos à incompreensão e à intimidação: onde houver um Juiz ameaçado, lá estaremos também para protegê-lo e reclamar por segurança” — conclui a nota.