Dois desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) receberam R$ 1 milhão cada por meio de pagamento antecipado. Outros dois magistrados receberam pela mesma via cerca de R$ 400 mil cada.
O modelo de desembolso está sob suspeita do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que investiga irregularidades nos repasses. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
Os dados são relativos ao período de 2006 a 2010 e constam de apuração preliminar da presidência do TJ-SP, que não revelou os nomes dos beneficiários.
"Em princípio, os pagamentos foram justificados", declarou o desembargador Ivan Sartori, presidente do TJ-SP. Em dois casos, os motivos alegados são relacionados a doenças graves como câncer.
Em outro episódio, um desembargador perdeu o filho e entrou em depressão, necessitando de recursos para tratamento. "Vamos trabalhar sempre com total transparência, o quanto possível, mas sem precipitações", disse Sartori, que afirmou que a verba era devida aos desembargadores "a título de auxílio-moradia ou férias atrasadas, não importa. Estamos apurando as razões para pagamentos antecipados".