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Até 2016, AGU pretende reaver 25% do dinheiro desviado no País

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O advogado-geral da União, Luís Inácio Lucena Adams, afirmou nesta sexta-feira, Dia Internacional de Combate à Corrupção, que até 2016 a Advocacia-Geral da União (AGU) pretende recuperar aos cofres públicos 25% do dinheiro desviado no País. Desde 2007, esse percentual subiu de 1% para 15%. Ele disse, em Brasília, que chegará um dia em que "não haverá oportunidade para o corrupto persistir na sua prática".

De acordo com o ministro, em números brutos, a AGU já recuperou R$ 1,5 bilhão em recursos públicos mal aplicados ou roubados de instituições públicas federais de 2002 a 2011. "Apenas neste ano, que ainda não terminou, nós já recuperamos mais de R$ 600 milhões. Esse resultado mostra que o Estado está no caminho certo, tomando as decisões corretas e nós vamos chegar a um dia em que a corrupção vai ser uma realidade absolutamente residual e que todos os brasileiros vão combater", disse. Ele atacou ainda o modelo de cobrança e recuperação de ativos do País, "muito deficiente".

O ministro também afirmou que a AGU firmou acordo com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para recuperar o custo que Estado teve com eleições fraudadas. "Essas ações são propostas nos casos em que o candidato afastado já foi condenado com trânsito em julgado pelos Tribunais brasileiros", disse. Adams disse ainda que "o Brasil tem feito muito e há muito a fazer, mas neste tema - corrupção - o Brasil não é líder. O Brasil é líder no combate à corrupção! Essa liderança, que já é reconhecida internacionalmente, é algo que merece todo elogio", afirmou.

Também presente, o controlador-geral da União, Jorge Hage, fez uma retrospectiva das ações implementadas desde 2004, quando o País começou a comemorar o Dia Internacional Contra a Corrupção. Entre elas, citou a criação do Portal da Transparência, a Cartilha Olho Vivo no Dinheiro Público e a integração com órgãos como a Polícia Federal, que desde 2005 deflagrou 1,5 mil operações e efetuou 17 mil prisões. Hage informou ainda que, por meio de processos administrativos disciplinares, foram expulsos de órgãos públicos 3,5 mil agentes públicos, sendo que 300 eram ocupantes de altos cargos governamentais.