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MPF-DF abre  investigação para apurar suposta fraude no Ministério das Cidades

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O Ministério Público Federal no Distrito Federal instaurou, nesta quinta-feira, investigação cível para apurar atos de improbidade administrativa, em função de suposta fraude ocorrida em procedimento administrativo do Ministério das Cidades para avaliar o projeto de mobilidade urbana para atender à Copa do Mundo 2014 em Cuiabá, Mato Grosso.

De acordo com  denúncias veiculadas na imprensa, o titular da pasta, ministro Mário Negromonte, teria conhecimento da irregularidade do projeto, cujo custo teria aumentado de R$ 700 milhões para R$ 1,2 bilhão.

A base da investigação é reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual um documento forjado pela diretora de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades adulterou o parecer técnico que vetava a mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

A fraude

A fraude teria ocorrido na Nota Técnica nº 123/2011, de 8 de agosto de 2011, produzida pelo analista de infraestrutura Higor de Oliveira Guerra, que era contrária à troca de modal de BRT para VLT. Depois de receber ordens superiores, o documento teria sido adulterado por Cristina Maria Soja, gerente de Projetos do Ministério, e Luiza Gomide de Faria Vianna, diretora de Mobilidade Urbana do órgão, para demonstrar posicionamento favorável da área técnica.

Conforme nota divulgada pelo MPF-DF, o objetivo da investigação é “apurar possível prática de improbidade administrativa por gestores do Ministério das Cidades”.

A repercussão da mudança aprovada pela pasta na execução da obra — custos, financiamento, impactos — “será analisada pela Procuradoria da República em Mato Grosso, que já vinha fazendo esse acompanhamento em procedimento investigatório prévio às denúncias divulgadas”.