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Ministério do Trabalho é alvo de denúncias. Dilma não comenta

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A presidente Dilma Rousseff preferiu não comentar a nova denúncia de corrupção contra o governo, publicada neste sábado pela revista Veja. Ao voltar de um passeio por Paris, Dilma disse que não leu a reportagem e prefere responder às acusações - que desta vez atingem o ministro do Trabalho, Carlos Lupi - quando retornar ao Brasil.

Segundo a publicação, o PDT, partido de Lupi, teria transformado o setor de controle da pasta em instrumento de extorsão de ONGs, parlamentares e servidores públicos, com propinas que chegariam a 15% do valor cobrado por cursos de capacitação profissional. Hoje, o ministro afastou o assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral do programa Qualificação e apontado como o operador do suposto esquema. Lupi divulgou nota na qual afirmou que "não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos" e abriu sindicância para apurar a existência de irregularidades neste setor do ministério.

A presidente viaja hoje à noite de volta para Brasília, onde deve aterrissar amanhã de manhã. Questionada por jornalistas que a aguardavam no hotel Bristol, em Paris, a petista afirmou, por volta das 16h (13h em Brasília), que ainda não havia lido a reportagem, embora já estivesse informada sobre o conteúdo do texto.

Ela está na França desde terça-feira para participar da cúpula do G20, encerrada ontem, em Cannes. Hoje pela manhã, em Paris, a mandatária se encontrou com a diretora-geral da Unesco, Irina Bokova. As duas conversaram por mais de uma hora na sede da entidade, à convite de Bokova. Elas falaram da cooperação entre o Brasil e a Unesco, especialmente em cultura e em mudanças climáticas, e sobre a crise econômica mundial. Além disso, conforme Bokova, Dilma comentou que a decisão do conselho-executivo da organização de reconhecer a Palestina como membro pleno, na semana passada, foi "muito bem recebida pelo Brasil", que votou a favor dos palestinos.

Ao chegar e deixar a Unesco, a presidente não falou com a imprensa e foi almoçar no restaurante Le Violon d'Ingres. Depois, passeou pela cidade e foi ao museu Jacquemart-André, onde visitou uma exposição de Fra Angelico.