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Bancários do Rio e de SP aceitam proposta dos bancos e encerram greve

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Depois de 21 dias parados, os bancários fluminenses voltam ao trabalho amanhã (18). Em três assembleias realizadas no começo da noite - uma envolvendo funcionários da Caixa, outra do Banco do Brasil e mais uma das instituições particulares -, eles decidiram aceitar a proposta dos bancos.

O presidente do Sindicato dos Bancários do Município Rio, Almir Aguiar, comemorou o resultado e considerou a greve vitoriosa. “Foi a maior greve dos últimos 20 anos, paralisamos 9.254 agências em todo o país, o que demonstrou a insatisfação dos bancários em relação à proposta inicial dos banqueiros.”

Os bancários conquistaram 9% de reajuste salarial, o que representou 1,5% de ganho real, descontada a inflação. Também conseguiram um aumento de 12% sobre o piso inicial de um escriturário, para R$ 1.400, além de aumento de 27% sobre o valor fixo pago aos empregados referente à Participação sobre Lucros e Resultados (PLR), chegando a R$ 1.400, mais uma cota de 90% sobre o salário.

São Paulo

Os 135 mil bancários das cidades de São Paulo e Osasco aceitaram as propostas feitas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e devem voltar a trabalhar nesta terça-feira, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. As propostas foram analisadas, e aprovadas, em assembleia do sindicato nesta segunda-feira à noite.

Com o fim da negociação, ficou acordado que o reajuste salarial será de 9% (aumento real de 1,5%), a valorização do piso da categoria será de 12% (que passará para R$ 1.400) - é o oitavo ano consecutivo em que os trabalhadores recebem aumento real, de acordo com a entidade. Segundo o sindicato, o reajuste de 9% também será aplicado para demais verbas salariais como vale-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche-babá.

Também foi ampliado em até 27,18% o valor fixo pago aos trabalhadores na Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Agora, a regra da PLR será de 90% do salário mais valor fixo de R$ 1.400. Essa parte fixa, em 2010, era de R$ 1.100,80. A regra determina, ainda, que devem ser distribuídos no mínimo 5% do lucro líquido auferido pelos bancos. Se isso não acontecer, os valores de PLR devem ser aumentados até chegar a 2,2 salários com teto de R$ 17.220,04.

Outra mudança é sobre a indenização dos trabalhadores. Uma nova cláusula que trata de aviso prévio proporcional foi adicionada à Convenção Coletiva de Trabalho e está acima, para os bancários, do que determina a nova legislação sobre o tema. A proposta prevê que para até cinco anos de trabalho, serão pagos 60 dias de aviso prévio; de 5 a 10 anos, 75 dias; de 10 a 20 anos; 90 dias; e mais de 20 anos, 120 dias.

Não haverá desconto dos trabalhadores, que terão de compensar os dias parados no máximo até 15 de dezembro.

Os bancos também se comprometeram a acabar com o transporte de valores por bancários. As instituições financeiras não poderão mais publicar ranking individual de metas.

No caso da Caixa Econômica Federal, o acordo prevê ainda a contratação de pelo menos 5 mil novos bancários